sábado, 28 de novembro de 2009

terça-feira, 13 de outubro de 2009

5 Minutos - Para Li e Ju


Com direito a oniguiri!

domingo, 20 de setembro de 2009

Bill Viola - A gênese da expressão capturada no tempo

Quando você torna uma experiência mais lenta, você abre essa coisa e a torna possível de ser penetrada e ser percebida. Como um sorriso rápido, um pequeno sorriso, que na vida real dura dois segundos, eu com a minha câmera fazemos durar dois minutos." (Bill Viola)




A antiga iconografia cristã como referência e a reconstituição, adaptada ao presente, é o mote de uma série de vídeos de Bill Viola. Um desafio na captura da emoção representada. Um jogo com o tempo. Em segundos, apesar da câmera lenta, o artista nos lança a um passado remoto.







Vídeo inspirado na pintura Visitação de Pontormo (1494-1557).

Tudo é poesia menos a poesia

A poesia e suas formas de expressão.
Eu estava pesquisando sobre o trabalho de Bill Viola, e encontrei essa série de vídeos.
É incrível, um curso sobre vídeo-arte, vídeo-poesia, poesia experimental, enfim, está lá disponível, muito bem produzido.
Indispensável. Direto para os favoritos.


Capítulo 11 - La poesía del vídeo from Literalia Television on Vimeo.


Em seguida posto sobre o Bill Viola.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Ainda novela

Outra coisa interessante na novela de Manoel Carlos é a presença de Maria Gadú na trilha sonora.
Essa moça vai surpreender o Brasil com sua voz e musicalidade.
Além de cantar, ela toca e compõe. Letras maduras para uma compositora tão jovem. Melodias marcantes.
Aqui minha favorita:


Já tinha visto Maria Gadú, ainda Maíra, cantar em um barzinho, ao lado do Guarani, antes dos ouvidos globais a terem descoberto. Miudinha, magrinha, soltou a voz e virou gigante. Voz de presença, que contraria a lei da física que afirma que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. A voz da menina pode.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Autor Desconhecido


Multitud. 1982. Antonio Saura.


Autor desconhecido

Escrevo o que me dá na telha
Goteira
Rimo pobre
Miséria e histeria
Falo de mim
pé quebrado
engessado
ximfrim
superficial
patético
volto sempre
a falar de mim
em cada texto
se morre
em cada texto
se mata
num anonimato sem fim

domingo, 13 de setembro de 2009

Máquina V - Guto Lacaz

Máquina V
Cheguei faz pouco do Teatro da Aliança Francesa, onde fui com a família ver o espetáculo do Guto Lacaz.
Gostamos muito. Guto Lacaz leva para o palco parte do cotidiano eletrônico e suas traquitanas, apresentando situações totalmente bizarras.
Humor inteligente e muita plasticidade em cada quadro. Afinal, é o Guto Lacaz.

Guto Lacaz em Máquina V

sábado, 12 de setembro de 2009

Viver a Vida

Mal plagiando Vinícius:
Novelas, melhor não vê-las, mas se não as vemos como sabê-las?
Há muito tempo que vejo o primeiro, o do meio, e o último capítulo das novelas. Só para não ficar totalmente por fora.
Porém, agora, acho que vou estender um pouco mais esse mísero tempo que dedico à teledramaturgia brasileira. Tempo esse que já foi muito maior na época em que tínhamos Janette Clair, Ivani Ribeiro e Dias Gomes. A razão: Laércio de Freitas, o “Tio” está no elenco da novela Viver a Vida, fazendo o papel de pai da protagonista, e o mais incrível de tudo é que interpretará um pianista! Espero que a trilha musical da novela esteja à altura do grande maestro e pianista que ele é na vida real.
Sei que se depender dele teremos a novela com a melhor trilha sonora de todos os tempos.
Beijo Laércio, beijo Pick, segunda volto a ver novela!



Além disso, outro motivo forte que tenho para ver "Viver a Vida" é que já na terça-feira, no segundo capítulo da trama, a minha amiga Jéssica vai dar um depoimento sobre a Síndrome de Williams. O próprio Manoel Carlos entrou em contato com a Jô, que é mãe da Jéssica e presidente da Associação Brasileira da Síndrome de Williams.
Quem puder ver, veja. A Síndrome de Williams é pouco conhecida no Brasil, embora afete uma em cada 20.000 pessoas; o diagnóstico em geral é tardio, o que acaba prejudicando muito o desenvolvimento físico e social deste grupo.

domingo, 6 de setembro de 2009

Tango de la separación


                                                   Jacó e o Anjo - Delacroix

Tango de la separación

Gosto de música

da palavra afinada

da nota afiada

Nota que divide o mundo

em duas partes

Os de Lá e os de Mi

De mi corazón

Bill Nichols


                                                       Foto Ana Lasevicius

Bill Nichols em "Os Documentários Aprendem a Falar" e "A Reconstituição no Documentário: Recriando o Passado", palestras ministradas na Cultura Inglesa, no semestre passado. Aproveitei a ocasião para pedir ao professor que autografasse a minha pequena câmera, lugar melhor impossível, concordam? Gravei o momento em outra câmera de vídeo.
As palestras valeram por um ano de de aula. 

sexta-feira, 1 de maio de 2009

O fusca do DIGÃO e o fusca do SIRI

Dei um tempo nas postagens, mas hoje não resisti. No meio da pesquisa para o documentário "Homem-Carro", encontrei o percussionista Siri. Semana passada entrevistei um grupo de corredores de fusca, entre eles o mecânico Digão, que falou da importância do som do motor. Na mão do Digão as máquinas ficam turbinadas, mas no caso do Siri, a máquina recebe uma ferradinha, e é daí que o músico tira parte de sua composição. O mais incrível de tudo é a percussão feita na carcaça do carro.

Extras - Um passeio de fusca from Siri on Vimeo.



No Tranco from Siri on Vimeo.

sábado, 18 de abril de 2009

Tá na Roda - Documentário

A cidade está cada vez mais intransitável. Teremos uma saída?
Chegou o dia, hoje o trânsito começa na sua garagem.
Não adianta mais deixar o orgulho de lado, e tentar a saída dos fundos, ela também está fechada.


sábado, 28 de março de 2009

Modas de Viola -Tão perto e tão distante

Darko Rundek - Croácia


Almir Sater - Brasil

domingo, 22 de março de 2009

Esbjörn Svensson



Svensson nasceu em 16 de Abril de 1964 em Västeras, Suécia.
Filho de uma pianista dedicada à música clássica e de um pai entusiasta do jazz, Esbjörn Svensson começou sua vida musical na adolescência, quando montou com seus colegas de escola uma banda de rock. Depois desta fase, Esbjörn Svensson estudou piano clássico antes de se entregar ao jazz. Não é à toa que Svensson produziu um jazz que incorporou rock contemporâneo, elementos da música clássica, e que tem traços melódicos significativos da música folclórica escandinava.
Esbjörn Svensson era o líder do Esbjörn Svensson Trio, Esbjörn Svensson (piano), Dan Berglund (double bass) e Magnus Ostrom (bateria). O Trio que era popularmente conhecido como EST teve 12 álbuns gravados. Em seus últimos trabalhos o trio estava experimentando a integração do eletrônico no contexto acústico do jazz.
Infelizmente, em junho de 2008, aos 44 anos, Svensson sofreu um acidente fatal durante um mergulho.
A sua premiada obra, e o seu nome reconhecido como um dos melhores do jazz ficaram, e ainda serão bastante ouvidos por esse mundo afora.




Vale a pena ver, também, esse outro vídeo deles, que não está disponível para a incorporação, mas pode ser visto diretamente no Youtube.
Goldwrap

http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=5mr9Ahdvpbo

É feia. Mas é realmente uma flor.


Foto: Ana Lasevicius

Uma flor nasceu na rua!

Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.

Uma flor ainda desbotada

ilude a polícia, rompe o asfalto.

Façam completo silêncio, paralisem os negócios,

garanto que uma flor nasceu.


Sua cor não se percebe.

Suas pétalas não se abrem.

Seu nome não está nos livros.

É feia. Mas é realmente uma flor


A Flor e A Náusea (trecho do poema)

Carlos Drummond de Andrade

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Cestas no Sábado

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Foto: Ana Lasevicius

Sábado, região da 25 de março, a caminho de um encontro de colecionadores de carrinhos (miniaturas). Trânsito, gente de tudo que é canto do Brasil e do mundo!
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Mummenschanz - Sem Palavras



A trupe foi fundada na Suiça, em 1972, pelos atores Bernie Schürch, Andres Bossard (1947-1992) e Floriana Frassetto. Mummenschanz trabalha com máscaras bizarras feitas de diversos tipos de materiais e de objetos de uso cotidiano, como fita crepe, saco de papel, bloco de papel, caixa de papelão, massa de modelar etc. Máscaras tridimensionais, modeláveis, esculturas que transformam os atores do Mummenschanz em personagens mutantes. A mímica, a coreografia, a luz, a sombra, e a sonoplastia fazem parte do roteiro sem palavras deste teatro de máscaras que já tem quase quatro décadas de sucesso. Eles estiveram no Brasil na década de oitenta.
Hoje o grupo é formado por Floriana Frassetto (Itália / E.U.A.), Bernie Schürch (Suíça), Raffaella Mattioli (Itália) Jakob Bentsen (Dinamarca) e Ueli Riegg ( diretor técnico e designer de luz, Suíça).

terça-feira, 17 de março de 2009

Laranja Madura



Viva Ataulfo Alves!
A versão de Laranja Madura em Hebraico é apresentada por Uri Harpaz, músico e compositor que viveu durante um bom tempo no Brasil. A música faz parte do disco Um Belo País Tropical lançado por ele em 1977.
Gostou, quer ouvir trechos do disco?
"Um Belo País Tropical"
Vale conferir!

quinta-feira, 12 de março de 2009

UrSonate



O prefixo UR em alemão refere-se ao princípio de algo, à origem.
Ursonate é uma sonata que celebra a voz. As palavras surgem quase acidentalmente, o significado quem dá é o som, é a voz humana com suas variações tonais, com suas oscilações, seus engasgos, suas gagueiras, ritmadas, interrompidas, repetidas. UrSonate é a sonata original, aquela feita de sons primais. Antes da linguagem. Letras escritas no papel são apenas representações gráficas, aguardam um solista que lhes dêem vida.
Para cada leitura cabe uma interpretação.
Ursonography - A nova UrSonate
Usando um computador com um programa de reconhecimento de fala, um artista de animação gráfica dá movimento aos sons interpretados pelo solista. O artista produz imagens com as letras dos sons emitidos. As letras que formam palavras, sem sentido linguístico, giram, mudam de escala, despencam, se amontoam, se apagam, enfim, é uma criação imagética baseada na emoção sonora, na vibração e ritmos da interpretação poética. Uma câmera capta a imagem do solista e o computador une essa imagem à animação gráfica, chamadas, no caso, de legendas inteligentes, pois interagem com a performance, tudo criado e exibido em tempo real.
Neste vídeo, assistimos à interpretação do poeta e vocalista holandês Jaap Blonk em 2007, no Artefact Festival.

domingo, 8 de março de 2009

Grzegorz z Ciechowa, o Cidadão GC


foto - link

Mais uma do outro mundo, dessa vez uma composição que reúne música folclórica polonesa, eletrônico, coral de vozes infantis, acústico, uma doce flauta tocada pelo próprio Cidadão GC e, para completar, um solo de galo.
Imagens do campo contrastam com o som tecnológico. Coisas simples e gente humilde que sabe viver com o essencial, num ritmo de vida lembrado nas trilhas percorridas por uma bicicleta, que cortam o campo. Lindo!



Grzegorz z Ciechowa, polonês, nasceu em 29 de agosto de 1957 e faleceu em 22 de dezembro de 2001, em Varsóvia. Flautista e pianista com formação jazzística, compositor e poeta, Cidadão GC foi líder e vocalista do grupo Republica. Artista popular, Grzegorz z Ciechowa, recebeu várias homenagens póstumas em seu país. Hoje, há na Polônia um prêmio em seu nome que prestigia o talento de jovens músicos.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Palindrome - Palíndroma - Palíndromo

Palíndromo - Ana Palíndroma
É incrível podermos fazer com a imagem aquilo que a memória faz dentro da nossa cabeça (grande caverna).
Mais incrível é perceber que a história da gente contada de trás pra frente ou de frente para trás tanto faz, porque o que conta mesmo é o agora, e o agora jaz. A cada segundo, a cada milésimo de segundo, o agora aqui e acolá jaz.
E o que a gente sabe é aquilo em que a gente acredita, e nem sempre aquilo que a gente comprova. Então, se sou Ana ou anA, ou ainda ana ou ANA não dá para provar. Acredito que tenho um nome, por isso atendo por ele sempre que alguém me chama. E se alguém me chama pelo meu nome, é porque deve acreditar que me chama como deve chamar, Ana, anA, ana , ANA, tanto faz, o que conta mesmo é acreditar. Porque o agora a cada segundo, a cada milésimo de segundo aqui jaz.


Um palíndromo é uma palavra, frase ou qualquer outra sequência de unidades (como uma cadeia de ADN; Enzima de restrição) que tenha a propriedade de poder ser lida tanto da direita para a esquerda como da esquerda para a direita. Num palíndromo, normalmente são desconsiderados os sinais ortográficos (diacríticos ou de pontuação), assim como o espaços entre palavras.
A palavra "palíndromo" vem das palavras gregas palin ("trás") e dromos ("corrida").

O filme Palíndromo ganhou os prêmios de Melhor filme de cuta-metragem, melhor diretor: Philipe Barcinski, melhor montagem: Raimo Benedetti, e ainda recebeu o Prêmio da Crítica, em 2001, no Festival de Gramado.
Já faz algum tempo que assisti Palindromo, provavelmente no Canal Brasil (não lembro ao certo a emissora), gostei muito, e agora estou tendo a honra de ser aluna do montador Raimo Benedetti.

domingo, 1 de março de 2009

O Assim Chamado - Socalled



Ele tem cara de gênio. Mas, quem vê cara não vê coração.
Tudo bem! Basta ouvir.
Socalled é genial, manda bem cantando, tocando, compondo, fotografando. Dá vontade de trazer para o Brasil “O Assim Chamado”, “Socalled”, Josh Dolgin!

sábado, 28 de fevereiro de 2009

MIS


Céu de chuva, quinta-feira passada, visto do MIS, Museu da Imagem e do Som de São Paulo.

Parabéns, Gabriel! Mais um livro!


O Gabriel Perissé acaba de lançar mais um livro, o segundo este ano, O Livre-Educador.
Trecho do texto na contracapa:
Em livres-educadores todos podemos nos transformar. Os pais e os professores, em primeiro lugar, e toda e qualquer pessoa atenta à realidade social. O livre-educador faz suas críticas. E está disposto a assumir integralmente a responsabilidade que lhe corresponde.


Eu estou preparando uma barrinha para o site dele, e pensei em fazer com flash.
Portanto, isso não é um vídeo, é apenas um treino de flash, muito precário, mas cheio de boas intenções.
Gabriel, parabéns!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Recordar é viver!



Primeiro capítulo da novela Selva de Pedra, escrita por Janete Clair, 1972.

Homem caído no chão:
-Aiiiiiii, me mataram!

Outro homem aproxima-se do homem caído no chão, e diz:
- Quem? Quem? Quem matou?

Na cena seguinte, Cristiano (Francisco Cuoco) pergunta para Simone (Regina Duarte):
- Será que o cara morreu?

Eu respondo:
Meu caro Cristiano, o cara, embora vivo, afirma que o mataram.
E um transeunte, que deve ter achado normal o “morto” falar, perguntou-lhe: Quem? Quem? Quem matou?
Portanto, o morto e o transeunte afirmam de viva voz que o cara morreu!

Eu não perdia um capítulo desta novela! Eu era criança, e nada na TV era mais interessante do que a Selva de Pedra. Mesmo com diálogos bizarros como esse, que está no vídeo, prendia a atenção do público, de modo tal que a novela das oito era aguardada com ansiedade. A audiência bateu recordes, chegando a 100 pontos no capítulo em que Rosana Reis, que na verdade era Simone (Regina duarte), foi desmascarada. Até hoje nenhuma novela conseguiu chegar na marca dos 100 pontos além de Selva de Pedra e de Roque Santeiro.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Caranaval II - Eu sou o samba...

A lentidão do Youtube fez o carnaval entrar pela quarta-feira de cinzas. Tentei baixar este vídeo no youtube, e só consegui hoje de manhã. O intenso tráfego de internautas tornou a rede muito lenta. Vamos fazer de conta que nos adiantamos para o carnaval do ano que vem.

Então, começando de novo:
Ano passado, eu e o Bruno Diniz começamos um papo bastante interessante sobre samba. O tema do nosso encontro era um vídeo sobre a boca, mas o Bruno, que é muito criativo, e conhecedor da boa música, de repente me surpreendeu com um desfile de escolas de samba bem diferente: UM BATUQUE DE BATERIA DE BOCA

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Carnaval I

Carnaval!

Tempo de respirar samba, beber samba, não cerveja! Claro, quem gosta de uma cervejinha, que beba, mas com moderação. Porque ficar bêbado é deprimente, coisa de gente sem-noção. E tem mais, achar que a cerveja é o evento, é falta de cultura. Não sejamos vítimas do marketing.

Guaraná, suco de laranja, uva, melancia, melão, açaí, caju, maracujá, limão (“moro num país tropical, abençoado por Deus!”), chá mate, chá verde gelado, água de coco, ou simplesmente água!!! A ideia é hidratar e não estragar a brincadeira!

E para entrar no clima de carnaval, nada como uma roda de samba em grande estilo, com Cristina, Monarco e a Velha Guarda da Portela:


Cristina, Monarco e a Velha Guarda da Portela

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Balaio de Dois


Fazer rir não é para qualquer um. Não falo do riso banal, ou sarcástico. Falo daquele riso gostoso, contagiante, não contagioso, riso terapêutico, sem efeitos colaterais, riso musical, afinado com a alegria de viver. Estou falando de um pássaro, o Pássaro-Riso.
Riso que nasce na infância, e que muita gente aprisiona quando adulto. Riso-pássaro, engaiolado, esse não canta.

Meus dois amigos, Paulo Netho e Salatiel Silva, são especialistas em libertar o Pássaro- Riso. Eles, de repente, sem nenhum esforço, fazem com que estas pessoas, que nem se lembram mais quando riram pela última vez, se envolvam numa revoada de Pássaros- risos que acontece no espetáculo apresentado pelos dois.

Não é um show de humor, não! É um show lúdico, sonoro, que evoca a imaginação e liberta a memória.

Meninos, eu vi! Eu vi meninos de mais de oitenta anos nas apresentações deles, rindo esse riso, e as muitas crianças, sempre presentes, fazendo aquela revoada, com seus novos amigos. Recomendo, a todos, de todas as idades, uma tarde com o Balaio de Dois.

Ah, eles também dão sustinhos, mas as crianças adoram. E depois do primeiro, ficam esperando o próximo susto, e o próximo e o próximo... O mais engraçado é que eles avisam antes, e mesmo assim conseguem pegar todo mundo de surpresa.

Os dois são rimadíssimos, cajumeléricos (coisa deles), afinadores de risos e muito mais.
Eu os conheci no ano passado, e tive a oportunidade de gravar a apresentação da dupla, está aqui e no Youtube, em alta resolução.

Temos ideias e projetos em comum. Tomara que possamos em breve realizá-las!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

"Certas Coisas"


Foto: Marco Aurélio Olímpio

Dia 10, assisti ao show “Certas Coisas” de Vânia Bastos e Carlos Navas, no SESC Vila Mariana. Duas vozes lindas, dois intérpretes experientes e um repertório bastante eclético: Sinhô, Lamartine Babo, Adoniran, Milton Nascimento, Caetano, Edu Lobo, Itamar Assunção, Rita Lee, Roberto Carlos, Lulu Santos, Marina e parceiros.
Vânia é uma voz para todos os tempos. Dona de uma carreira marcada pelo modo ousado de cantar, por sua flexibilidade vocal capaz de agudos incríveis e pela afinação,Vânia brinca onde e como quer, deixando tudo bonito, gostoso de ouvir. A sua interpretação de “Casaco Marrom”, de Guarabyra, Renato Corrêa e Danilo Caymmi, sucesso da década de setenta, é linda.
Carlos Navas tem um domínio vocal impressionante, conhece bem a matéria sonora e sabe usar tecnicamente o espaço. Essas capacidades, que o artista desenvolveu em onze anos de carreira, somadas ao timbre de voz especialíssimo, estão a serviço do intérprete. Isso fica claro na canção “A terceira margem do rio” de Caetano Veloso e Milton Nascimento. Carlos Navas apresenta uma versão singular da música, explorando o movimento sonoro, cantando palavra por palavra, lapidando o som de cada uma delas.
As canções “João e Maria" de Chico Buarque e “Paulista” de Eduardo Gudim, cantadas em dueto, encerraram brilhantemente o espetáculo, deixando a plateia em êxtase.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Raspossal


"Raspossal", foi exatamente essa a palavra que ouvimos o Pitoco (meu sobrinho de sete anos) falar.
Estávamos no Bar Jabuti, referência na Vila Mariana em petiscos do mar, o Pitoco pegou o cardápio, e foi direto nos preços.
Queria o prato mais caro da casa, o tal do Raspossal.
Como assim? Que prato é esse? Perguntei.
Tirei o cardápio da sua mão e pedi que ele me indicasse onde estava o nome do prato.
Ele apontou.
Claro, Pitoco! Concordei com a escolha, e chamei o garçom:
Garçom, por favor, traga para o rapazinho uma porção de rãs!
Ele estranhou:
- Como assim, tia? Não foi isso o que eu pedi! Olha pelo preço, é esse, o mais caro de todos!
Reafirmei o pedido - Garçom, é isso mesmo, rãs porção! Sapinhos! Pererecas! Os mais caros!
O fato é que o Pitoco, recém-alfabetizado, ainda não lê as palavras considerando o til. Mas, ele sabe muito bem ler os números, e quis dar uma de espertinho.
Enfim, cancelada a porção de rãs, que ele se negou a experimentar, pedimos uma generosa porção de lulas e iscas de peixe.
Para quem gosta de frutos do mar, e da lagoa, fica aqui a dica: Bar Jabuti – Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1315, Vila Mariana, 5549-8304. 10h/1h (dom. até 17h). Entre as especialidades da casa pode-se escolher marisco, polvo, manjuba, pescada, porquinho, sardinha, atum, siri, camarão, patinha de caranguejo, ostras de Cananéia, etc.
O Jabuti é um bar tradicional, aberto na década de 60, os garçons são muito simpáticos e o serviço é rápido. Muito bom!
Segundo o Pitoco, é o melhor bar de São Paulo.
Mas, não se esqueçam: Rãs Porção, ou raspossal, é o prato mais caro.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Briba



Briba, para quem não sabe, é como a lagartixa é chamada no nordeste. Tenho uma grande simpatia pelo bichinho. E não é à toa. Ela é inofensiva ao homem, não se interessa pelos nossos alimentos, come insetos que nos são prejudiciais, tem a visão muito aguçada, e o melhor de tudo: Ela não tem o rabo preso!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Leitura em dia


CINEMA CARIOCA NOS ANOS 30 E 40
Os Filme Musicais nas Telas da Cidade
de Suzana Cristina de Souza Ferreira
Editora AnnaBlume

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O Homem e o Gato

Se cada letra digitada equivalesse a uma nota musical, qual seria a melodia daquilo que escrevemos?
Esse vídeo brinca com essa ideia. Numa tarde, cinzenta e chuvosa, a música e a imaginação acabam com o tédio de um escritor e de seu gato.
"Made in" Rússia! The Man and a cat - Nol' \ Chelovek i koshka

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Comunicação

Faz tempo que passo em frente ao mosteiro das Carmelitas Teresianas Descalças de Mirandópolis.
Em geral passo caminhando, os portões estão sempre fechados. Certo dia passei, passeando, bem devagar, com minha filha caçula, na época com quatro anos.
A pequena queria saber para que servia aquele muro cinza, feio, tão alto e tão longo que não acabava mais. Expliquei que lá moravam freiras que ficavam isoladas do mundo, sem passear, sem visitas, e que rezavam muito. Ela, um pouco perplexa com a resposta, perguntou se as freirinhas ao menos tinham internet, respondi que não.
Televisão? Respondi novamente que não. Inconformada, ela ainda arriscou, e um rádinho? Também não, filha!
Ela então, do alto dos seus quatro anos, me sugeriu:
Mãe, que tal jogarmos um celular, aqui por cima do muro? Elas vão poder falar com a gente, e com todo o mundo!
Daí veio a idéia desse trabalho, para a matéria de animação em flash. Simplinho, mas que contou com a valiosa inspiração da Juju e com uma série de fotos tiradas da internet.

Este vídeo é apenas um exercício, não tem nenhuma finalidade

comercial, ou publicitária

comunicação

Foto: Ana lasevicius
Lembrei desse episódio, pois para minha surpresa, hoje, às sete da manhã, o mosteiro estava aberto. Assim, pude fazer algumas fotos, devidamente autorizadas pelo segurança do local.


Foto: Ana Lasevicius
Foto de Ana Lasevicius