sábado, 28 de fevereiro de 2009

MIS


Céu de chuva, quinta-feira passada, visto do MIS, Museu da Imagem e do Som de São Paulo.

Parabéns, Gabriel! Mais um livro!


O Gabriel Perissé acaba de lançar mais um livro, o segundo este ano, O Livre-Educador.
Trecho do texto na contracapa:
Em livres-educadores todos podemos nos transformar. Os pais e os professores, em primeiro lugar, e toda e qualquer pessoa atenta à realidade social. O livre-educador faz suas críticas. E está disposto a assumir integralmente a responsabilidade que lhe corresponde.


Eu estou preparando uma barrinha para o site dele, e pensei em fazer com flash.
Portanto, isso não é um vídeo, é apenas um treino de flash, muito precário, mas cheio de boas intenções.
Gabriel, parabéns!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Recordar é viver!



Primeiro capítulo da novela Selva de Pedra, escrita por Janete Clair, 1972.

Homem caído no chão:
-Aiiiiiii, me mataram!

Outro homem aproxima-se do homem caído no chão, e diz:
- Quem? Quem? Quem matou?

Na cena seguinte, Cristiano (Francisco Cuoco) pergunta para Simone (Regina Duarte):
- Será que o cara morreu?

Eu respondo:
Meu caro Cristiano, o cara, embora vivo, afirma que o mataram.
E um transeunte, que deve ter achado normal o “morto” falar, perguntou-lhe: Quem? Quem? Quem matou?
Portanto, o morto e o transeunte afirmam de viva voz que o cara morreu!

Eu não perdia um capítulo desta novela! Eu era criança, e nada na TV era mais interessante do que a Selva de Pedra. Mesmo com diálogos bizarros como esse, que está no vídeo, prendia a atenção do público, de modo tal que a novela das oito era aguardada com ansiedade. A audiência bateu recordes, chegando a 100 pontos no capítulo em que Rosana Reis, que na verdade era Simone (Regina duarte), foi desmascarada. Até hoje nenhuma novela conseguiu chegar na marca dos 100 pontos além de Selva de Pedra e de Roque Santeiro.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Caranaval II - Eu sou o samba...

A lentidão do Youtube fez o carnaval entrar pela quarta-feira de cinzas. Tentei baixar este vídeo no youtube, e só consegui hoje de manhã. O intenso tráfego de internautas tornou a rede muito lenta. Vamos fazer de conta que nos adiantamos para o carnaval do ano que vem.

Então, começando de novo:
Ano passado, eu e o Bruno Diniz começamos um papo bastante interessante sobre samba. O tema do nosso encontro era um vídeo sobre a boca, mas o Bruno, que é muito criativo, e conhecedor da boa música, de repente me surpreendeu com um desfile de escolas de samba bem diferente: UM BATUQUE DE BATERIA DE BOCA

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Carnaval I

Carnaval!

Tempo de respirar samba, beber samba, não cerveja! Claro, quem gosta de uma cervejinha, que beba, mas com moderação. Porque ficar bêbado é deprimente, coisa de gente sem-noção. E tem mais, achar que a cerveja é o evento, é falta de cultura. Não sejamos vítimas do marketing.

Guaraná, suco de laranja, uva, melancia, melão, açaí, caju, maracujá, limão (“moro num país tropical, abençoado por Deus!”), chá mate, chá verde gelado, água de coco, ou simplesmente água!!! A ideia é hidratar e não estragar a brincadeira!

E para entrar no clima de carnaval, nada como uma roda de samba em grande estilo, com Cristina, Monarco e a Velha Guarda da Portela:


Cristina, Monarco e a Velha Guarda da Portela

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Balaio de Dois


Fazer rir não é para qualquer um. Não falo do riso banal, ou sarcástico. Falo daquele riso gostoso, contagiante, não contagioso, riso terapêutico, sem efeitos colaterais, riso musical, afinado com a alegria de viver. Estou falando de um pássaro, o Pássaro-Riso.
Riso que nasce na infância, e que muita gente aprisiona quando adulto. Riso-pássaro, engaiolado, esse não canta.

Meus dois amigos, Paulo Netho e Salatiel Silva, são especialistas em libertar o Pássaro- Riso. Eles, de repente, sem nenhum esforço, fazem com que estas pessoas, que nem se lembram mais quando riram pela última vez, se envolvam numa revoada de Pássaros- risos que acontece no espetáculo apresentado pelos dois.

Não é um show de humor, não! É um show lúdico, sonoro, que evoca a imaginação e liberta a memória.

Meninos, eu vi! Eu vi meninos de mais de oitenta anos nas apresentações deles, rindo esse riso, e as muitas crianças, sempre presentes, fazendo aquela revoada, com seus novos amigos. Recomendo, a todos, de todas as idades, uma tarde com o Balaio de Dois.

Ah, eles também dão sustinhos, mas as crianças adoram. E depois do primeiro, ficam esperando o próximo susto, e o próximo e o próximo... O mais engraçado é que eles avisam antes, e mesmo assim conseguem pegar todo mundo de surpresa.

Os dois são rimadíssimos, cajumeléricos (coisa deles), afinadores de risos e muito mais.
Eu os conheci no ano passado, e tive a oportunidade de gravar a apresentação da dupla, está aqui e no Youtube, em alta resolução.

Temos ideias e projetos em comum. Tomara que possamos em breve realizá-las!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

"Certas Coisas"


Foto: Marco Aurélio Olímpio

Dia 10, assisti ao show “Certas Coisas” de Vânia Bastos e Carlos Navas, no SESC Vila Mariana. Duas vozes lindas, dois intérpretes experientes e um repertório bastante eclético: Sinhô, Lamartine Babo, Adoniran, Milton Nascimento, Caetano, Edu Lobo, Itamar Assunção, Rita Lee, Roberto Carlos, Lulu Santos, Marina e parceiros.
Vânia é uma voz para todos os tempos. Dona de uma carreira marcada pelo modo ousado de cantar, por sua flexibilidade vocal capaz de agudos incríveis e pela afinação,Vânia brinca onde e como quer, deixando tudo bonito, gostoso de ouvir. A sua interpretação de “Casaco Marrom”, de Guarabyra, Renato Corrêa e Danilo Caymmi, sucesso da década de setenta, é linda.
Carlos Navas tem um domínio vocal impressionante, conhece bem a matéria sonora e sabe usar tecnicamente o espaço. Essas capacidades, que o artista desenvolveu em onze anos de carreira, somadas ao timbre de voz especialíssimo, estão a serviço do intérprete. Isso fica claro na canção “A terceira margem do rio” de Caetano Veloso e Milton Nascimento. Carlos Navas apresenta uma versão singular da música, explorando o movimento sonoro, cantando palavra por palavra, lapidando o som de cada uma delas.
As canções “João e Maria" de Chico Buarque e “Paulista” de Eduardo Gudim, cantadas em dueto, encerraram brilhantemente o espetáculo, deixando a plateia em êxtase.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Raspossal


"Raspossal", foi exatamente essa a palavra que ouvimos o Pitoco (meu sobrinho de sete anos) falar.
Estávamos no Bar Jabuti, referência na Vila Mariana em petiscos do mar, o Pitoco pegou o cardápio, e foi direto nos preços.
Queria o prato mais caro da casa, o tal do Raspossal.
Como assim? Que prato é esse? Perguntei.
Tirei o cardápio da sua mão e pedi que ele me indicasse onde estava o nome do prato.
Ele apontou.
Claro, Pitoco! Concordei com a escolha, e chamei o garçom:
Garçom, por favor, traga para o rapazinho uma porção de rãs!
Ele estranhou:
- Como assim, tia? Não foi isso o que eu pedi! Olha pelo preço, é esse, o mais caro de todos!
Reafirmei o pedido - Garçom, é isso mesmo, rãs porção! Sapinhos! Pererecas! Os mais caros!
O fato é que o Pitoco, recém-alfabetizado, ainda não lê as palavras considerando o til. Mas, ele sabe muito bem ler os números, e quis dar uma de espertinho.
Enfim, cancelada a porção de rãs, que ele se negou a experimentar, pedimos uma generosa porção de lulas e iscas de peixe.
Para quem gosta de frutos do mar, e da lagoa, fica aqui a dica: Bar Jabuti – Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1315, Vila Mariana, 5549-8304. 10h/1h (dom. até 17h). Entre as especialidades da casa pode-se escolher marisco, polvo, manjuba, pescada, porquinho, sardinha, atum, siri, camarão, patinha de caranguejo, ostras de Cananéia, etc.
O Jabuti é um bar tradicional, aberto na década de 60, os garçons são muito simpáticos e o serviço é rápido. Muito bom!
Segundo o Pitoco, é o melhor bar de São Paulo.
Mas, não se esqueçam: Rãs Porção, ou raspossal, é o prato mais caro.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Briba



Briba, para quem não sabe, é como a lagartixa é chamada no nordeste. Tenho uma grande simpatia pelo bichinho. E não é à toa. Ela é inofensiva ao homem, não se interessa pelos nossos alimentos, come insetos que nos são prejudiciais, tem a visão muito aguçada, e o melhor de tudo: Ela não tem o rabo preso!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Leitura em dia


CINEMA CARIOCA NOS ANOS 30 E 40
Os Filme Musicais nas Telas da Cidade
de Suzana Cristina de Souza Ferreira
Editora AnnaBlume

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O Homem e o Gato

Se cada letra digitada equivalesse a uma nota musical, qual seria a melodia daquilo que escrevemos?
Esse vídeo brinca com essa ideia. Numa tarde, cinzenta e chuvosa, a música e a imaginação acabam com o tédio de um escritor e de seu gato.
"Made in" Rússia! The Man and a cat - Nol' \ Chelovek i koshka

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Comunicação

Faz tempo que passo em frente ao mosteiro das Carmelitas Teresianas Descalças de Mirandópolis.
Em geral passo caminhando, os portões estão sempre fechados. Certo dia passei, passeando, bem devagar, com minha filha caçula, na época com quatro anos.
A pequena queria saber para que servia aquele muro cinza, feio, tão alto e tão longo que não acabava mais. Expliquei que lá moravam freiras que ficavam isoladas do mundo, sem passear, sem visitas, e que rezavam muito. Ela, um pouco perplexa com a resposta, perguntou se as freirinhas ao menos tinham internet, respondi que não.
Televisão? Respondi novamente que não. Inconformada, ela ainda arriscou, e um rádinho? Também não, filha!
Ela então, do alto dos seus quatro anos, me sugeriu:
Mãe, que tal jogarmos um celular, aqui por cima do muro? Elas vão poder falar com a gente, e com todo o mundo!
Daí veio a idéia desse trabalho, para a matéria de animação em flash. Simplinho, mas que contou com a valiosa inspiração da Juju e com uma série de fotos tiradas da internet.

Este vídeo é apenas um exercício, não tem nenhuma finalidade

comercial, ou publicitária

comunicação

Foto: Ana lasevicius
Lembrei desse episódio, pois para minha surpresa, hoje, às sete da manhã, o mosteiro estava aberto. Assim, pude fazer algumas fotos, devidamente autorizadas pelo segurança do local.


Foto: Ana Lasevicius
Foto de Ana Lasevicius